China: Mulher é condenada a 10 anos de prisão por escrever novels yaoi

Resultado de imagem para china flagUma notícia vêm causando polêmica durante toda a semana por leitores de novels e outros segmentos de cultura pop mundo afora, após uma escritora de obras BL (Boys-Love), também conhecido por fãs de animes e mangás como yaoi ou shonen ai, receber uma sentença de 10 anos e 6 meses de prisão por violar as leis de obscenidade da China.

A mulher, chamada Liu, vendia novels de gênero yaoi no Taobao, o maior site de compras online da China. Seu romance G (gōngzhàn, lit. “Attack and Occupy”) vendeu cerca de 7 mil exemplares de Novembro de 2017 a 23 de Maio deste ano, ganhando até 150 mil yuans (cerca de US$ 21 mil). Ela foi presa sob as leis de obscenidade da China por “descrever obscenamente homossexuais masculinos e femininos” e por “violência, abuso, vulgaridade e outros comportamentos relacionados à perversão sexual”.

Segundo relatos chineses, a polícia iniciou uma investigação sobre Liu em Novembro do ano passado. O quarto de um hotel no condado de Wuhu foi descoberto como ponto de entrega das novels. A polícia então procurou os dados de empresas como AlibabaTencent. No dia 21 do mesmo mês, eles encontraram a residência de Liu e a prenderam. Depois, a polícia perseguiu e prendeu vários de seus parceiros de publicação.

Liu e Lin, pessoa que compõem e revisa suas novels, foram sentenciados a dez anos e seis meses de prisão, mas os dois se recusaram a aceitar o veredicto e interpuseram um recurso.

O incidente inspirou protestos de internautas chineses e japoneses, que acreditam que as autoridades foram duras demais. Internautas chineses apontaram a hipocrisia de condenar Liu a 10 anos de prisão por um livro que vendeu apenas 7.000 exemplares, enquanto a atriz Fan Bingbing simplesmente teve que pagar uma multa por evasão fiscal.

Artistas de conteúdos BL de mídias sociais da China tiraram do ar seus trabalhos em resposta à recente repressão. Eles conclamam seus seguidores a não repassarem seus trabalhos on-line.

Em 2014, a Anhui TV relatou que um incidente similar ocorreu onde pelo menos 20 jovens escritoras que escreveram romances sobre BL em um site de novels online foram presas.

Em 2016, o governo chinês proibiu representações de homossexualidade na televisão como parte de uma repressão cultural a “conteúdo vulgar, imoral e insalubre”. As diretrizes afirmam que “nenhum drama de televisão mostrará relacionamentos e comportamentos sexuais anormais, como incesto, relações sexuais, perversão sexual, agressão sexual, abuso sexual, violência sexual e assim por diante.

Em 2018, a plataforma de mídia social chinesa Sina Weibo proibiu o conteúdo de temática gay, mas reverteu a decisão após protestos da comunidade gay chinesa e dos defensores LGBTQ.

– Sério, as vezes eu penso que algumas leis de proibições da China parece ser o mundo de Shimoneta que não se pode fazer nada, só pode.

Bom, com certeza essa história terá mais capítulos pela frente e é claro, a nossa central de animes continuará atenta para novidades.

Fontes: China Press, The Guardian, Anhui TV, Real Live News via ANN

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