A Moment to Remember – Review

Esta é minha primeira review de um filme coreano e começarei com chave de ouro.

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A Moment to Remember – (내 머리 속의 지우개 Nae Meorisogui Jiugae “Eraser in My Head”) é um filme coreano de 117 minutos, lançado em 2004 e distribuído pela CJ Entertainment, baseado no dorama japonês de 12 episódios Pure Soul (君が僕を忘れても Kimi ga Boku wo Wasuretemo “Even if You Forget Me”) televisionado pela YTV em 2001.

O filme foi um grande sucesso na Coreia do Sul, ficando no topo das bilheterias por duas semanas consecutivas, entrando para a 5ª maior bilheteria de 2004, além de também fazer sucesso no Japão, ficando em 19º filme de maior bilheteria em 2005, rendendo para os escritores Lee Jaen Han e Kim Young Ha o prêmio de Melhor Roteiro de Adaptação de 2005 no Grand Bell Awards.

A história gira em torno de Kim Su Jin, uma estilista um pouco esquecida que acabou de sair de um relacionamento com um homem casado, é quando ela conhece Choi Chul Soo, um carpinteiro um tanto violento, mas o mais interessante é a forma como eles se cruzam pela primeira vez.

O sucesso de A Moment to Remember é incontestável e conquistou o público com sua história marcante. É um filme de romance altamente recomendado.

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Atenção: A partir daqui poderá conter spoilers, portanto se ainda não assistiu ao filme, é melhor fazê-lo antes de prosseguir.

 

É absurdamente cômica a forma como Su Jin conhece Chul Soo, ao esquecer sua coca na loja é ele quem “paga o pato”. (Ele parecia bem pobre e fiquei com dó dela pegar o refrigerante pensando que era o dela), inclusive pensei que haveria uma discussão ali, mas ele simplesmente ri da situação.

Logo ao visitar a obra na qual seu pai era o CEO, descobre que o moço da noite passada trabalhava ali (e entra em choque claro, porque agora ela já sabia que a coca não era a dela). Finalmente surge a oportunidade de “dar o troco” e ele não perde nem um segundo, pegando a coca que ela estava comprando, tomando até o último gole e arrotando na cara dela.

Ela ficou um pouco assustada, mas logo estava rindo. É quando surge o “ladrãozinho de meia tigela” roubando a bolsa dela que Chul Soo mostra de alguma forma, se importar e “acaba com a moral dele”, além de concertar a bolsa dela. Com isso ela acaba indo para casa com ele, no carro que estava mais para uma carroça caindo aos pedaços e é exatamente o que gera uma diversão.

Su Jin rapidamente se apaixona por Chul Soo e não perde a chance de ficar com ele quando enquanto estavam sentados ele disse que se ela bebesse aquela dose de Soju, eles ficariam juntos.

Ele se mostra um homem misterioso quando vão para sua casa (que mais está para um cafofo). É lindo a forma como Su Jin ignora completamente a pobreza que Chul Soo vive. Ela tenta apresenta-lo para a família quando tem a primeira crise, o bonito desta parte foi ver seu pai tendo o coração tocado no momento em que viu o amor que existia entre os dois e desistindo da maldade de despedir Chul Soo.

Assim, os dois ficam juntos de verdade e é um momento mais lindo que o outro a cada segundo, a relação deles é muito fofa, ela apoia Chul Soo com os estudos e ele se torna um Arquiteto (muito bom e detalhista por sinal). Chul Soo até mesmo providencia a mudança para uma casa na qual o fogão é elétrico para evitar que Su deixe panelas pegarem fogo novamente.

Mas Su Jin começa a ter problemas em lembrar o caminho para casa então ela começa a frequentar o neurologista. É aí que surge a mãe de Chul Soo e todo o trauma e revolta dele em relação a isso e Su Jin com belas palavras faz o possível para mudar a situação, (mesmo sem a mãe dele merecer o perdão e apoio dele). Nesse meio tempo o ex amante dela volta para a empresa (e o ser tem a “cara de pau” de querer ficar com ela novamente), no entanto, felizmente Su Jin agora só tem olhos para seu marido.

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É quando sai o diagnóstico de Su Jin, seu esquecimento progressivo era patológico, um tipo muito raro de Alzheimer e ela descobre que seu cérebro está morrendo pouco-a-pouco e em breve todas as suas memórias vão desaparecer e ela definhará até a morte. Ela larga o trabalho como indicado, mas não conta para Chul Soo, entretanto o médico comunica-o sobre a situação. No mesmo instante a doença de Su Jin progride e acontece algo que deixa todos com um sentimento de NÃO! Ela pensa que ainda está com Young Min. Felizmente ela logo volta a sí.

Ao encontrar seu marido naquela área de lançamento de bolas de baseboll, Su Jin quer que Chul Soo desista dela, mas claro que ele não o faz. Daí pra frente o filme te leva as lágrimas até o final e mostra como o amor é capaz de superar praticamente tudo. Ela se interna numa clínica, mas ele vai atrás dela (mesmo ela dizendo para ele não procurar) e o final é simplesmente tocante ao ver o que ele faz por ela.

Comentários extras:

  1. Após assistir muitos filmes e doramas nos quais alguém apresenta uma doença terminal, você pensa que nada mais é capaz de surpreendê-lo, mas este filme prova o contrário e toca seu coração profundamente.
  2. O roteiro se desenvolve no tempo correto, não pula partes que costumam ser oprimidas nestes casos.
  3. A trilha sonora é impecável e diferente da maioria que costumamos observar em produções coreanas.
  4. O amor entre os dois é simplesmente lindo e Chul soo é um marido especial (como poderíamos dizer, unidos pelo destino, nenhum outro seria tão ideal para Su Jin).
  5. Não importa quantas vezes eu assista este filme, eu sempre choro como se fosse a primeira vez. (E olha que não é comum eu assistir um filme várias vezes, o que mostra que este kmovie é muito especial).
  6. Ele está com média 4.4 no Filmow e já ganhou o meu 5.

Vamos a polêmica:

Muitas pessoas têm medo quando o assunto é lidar com uma doença terminal.

Antes mesmo de fazer a grande questão para vocês, vou dar minha resposta. O filme já responde por mim: O amor verdadeiro é precioso demais para você desistir dele assim e para mim, se é verdadeiro, não teria nem como algo assim interferir, muito pelo contrário, é neste momento que quem ama deseja ao máximo passar seu tempo ao lado daquele alguém.

Se a pessoa que amo estivesse condenada, estaria ao lado dela até o final. Poderia me sentir triste por vê-la assim, mas seria feliz por ter tido a chance de sermos felizes. Se tivesse a chance de nunca ter conhecido aquela pessoa com uma doença terminal e assim outra acabar se tornando meu amor, claro que eu escolheria conhecer aquela pessoa, amar e viver ao lado dela exatamente da mesma forma que tudo tivesse acontecido, aproveitando ao máximo cada dia e cuidando dela até o fim.

  • E se fosse com você? Se a pessoa que você ama descobrisse que está prestes a esquecer tudo e todos, inclusive você e definhar até a morte, o que você faria? Como se sentiria? Se tivesse a chance de nunca ter conhecido esta pessoa, o que você escolheria?

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