A Arte do Shogi #10 – Um Breve Papo com os Leitores

Olá, pessoal!

Muito obrigado por continuarem acompanhando a minha coluna aqui no Anime Xis.

Antes de qualquer coisa, quero me justificar: dezembro foi um mês muito puxado para mim. E qualquer coisa que eu escrevesse nesta época sairia muito ruim. E resolvi tirar umas “férias” em janeiro. Uso aspas porque na verdade eu preferi escrever uns textos antecipadamente e ter uma “gordura” para queimar caso eu entre novamente em algum período de pouco tempo ou disposição para escrever.

Peço desculpas a quem se sentiu prejudicado(a) e vamos em frente.

O artigo deste mês será um pouco diferente. Eu não sei quantos leitores eu tenho. Sempre pergunto ao Laudelino se tenho um bom índice de visualizações e ele diz que sim. Eu queria que fossem muitos, mas tenho que ter os pés no chão e lembrar que estou ensinando as pessoas a jogarem um jogo de tabuleiro (algo que não tem muita cultura no Brasil) que é de origem japonesa (o que diminui ainda mais a sua popularidade). De qualquer forma, essa mensagem vai para os meus 10, 20 ou 100 leitores.

Já ouviram os ditados “você não pode ensinar se não souber” e “você aprende muito mais ensinando”?

Pois é.

Aprender a jogar foi algo que eu tomei como meta pessoal e exclusiva. E conforme fui aprendendo, ensinei alguns amigos que conheço pessoalmente assim como conheci algumas pessoas que me ensinaram (Rodrigo Yuji e Danilo Emboaba, muito obrigado!). E vendo que havia espaço para instruir mais pessoas, resolvi criar textos com a linguagem mais acessível que pude.

No começo as coisas eram bem fáceis. A movimentação de peças é algo que tenho bem frisado em minha mente. E as Promoções não são difíceis de assimilar. As Reposições são mais complicadas, mas nada tão profundo.

Claro que quando eu tinha alguma dúvida, mandava o artigo ao Danilo Emboaba e ele sempre me dava um retorno positivo, indicando que eu estava certo em minhas afirmações. As palavras dele serviam como uma bússola quando se navega pelo mar turbulento.

Mas tenho que confessar: como jogo xadrez desde 1998, sei ler uma anotação algébrica sem nenhum problema. Agora com o shogi entrando em minha vida em 2016, não tenho tanta prática na leitura de kifus. Logo, o último artigo que escrevi foi algo que eu tive que aprender para passar a vocês. E modéstia a parte, eu o considero um dos mais instrutivos.

Isso quer dizer que eu cheguei ao meu limite?

Um pouco.

Já vi muitos vídeos do canal “Recanto do Shogi”, ainda tenho alguns livros em PDF para estudar e posso rever algumas matérias do “Jornal Recanto do Shogi”. As informações que tenho ainda estão um pouco abstratas, mas pelo menos sei os caminhos que tenho de percorrer para não só me aprimorar como também poder instruir vocês.

Por isso, não vou esconder: em 2021, espero poder aprender bem os conceitos de aberturas, táticas e estratégias do shogi para poder passar tudo para vocês. Este ano já está sendo bem difícil e tenho metas pessoais (arrumar outro emprego, ler alguns livros para formação de opinião como membro de uma sociedade e também me aprimorar na escrita e no xadrez) que espero não atrapalhar e nem serem atrapalhadas pelos meus estudos de shogi.

Então não importa se tenho 10, 20 ou 100 leitores. Em 2021, vamos aprender juntos e quem sabe com a vacinação contra a COVID-19 vocês não possam aparecer em São Paulo e jogarem nas reuniões mensais que faço na Vergueiro, irem em algum evento organizado pela comunidade japonesa no bairro do Japão-Liberdade ou mesmo tirarem uma graduação com o mestre Yoshida (presidente da Associação Brasileira de Shogi). Eu já tenho a minha e ela está apenas um nível abaixo da minha meta pessoal. Em 2021 (2022, 2023, etc.), espero poder finalmente alcançar o meu patamar.

Foto tirada no dia que obtive o meu certificado de 1º Kyu (explico isso no mês que vem!) com o mestre Yoshida.

Espero contar com vocês.

Indicando Shogi

No artigo deste mês, quero indicar um material que citei neste artigo: o Jornal Recanto do Shogi.

Muito obrigado a todos(as) e até a próxima!

Por Davi Paiva

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Davi Paiva nasceu em São Paulo, capital, em 1987. É graduado em Letras pela Universidade Cruzeiro do Sul. Participou de várias antologias de contos por diversas editoras, inclusive nas obras “Poderes”,“Monstros entre Nós”, “Guerreiros” e “Magos” pela Darda Editora, onde foi coautor e organizador, e é autor do livro “Cavaleiro Negro”, que também saiu pela mesma editora.

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